terça-feira, 30 de novembro de 2010

Quando você encontra um usuário de cadeira de rodas...

Se uma conversa dura mais que alguns minutos( e é muito possível de acontecer), considere sentar-se, ao invés de partilhar o nível do olhar do outro. É desconfortável para a pessoa sentada olhar direto para cima, por um longo período.

Não seja sensível ao usar palavras como '' andando'' ou '' correndo''. Pessoas em cadeiras de rodas usam essas palavras.

Não segure a cadeira de rodas de alguém. É parte do espaço corporal da pessoa. Pendurar-se ou apoiar-se em uma pessoa sentada numa cadeira qualquer. Normalmente, está tudo bem quando vocês são amigos, mas é inapropriado se vocês são desconhecidos.

Esteja alerta para barreiras arquitetônicas quando escolher uma casa, restaurante, teatro ou outros lugares que você queira visitar com o usuário de cadeira de rodas.

A Criança com Espinha Bífida parte 1



Se seu médico acabou de lhes dizer que seu bebê nasceu com um problema chamado espinha bífida com mielomeningocele, vocês provavelmente estão se sentindo bastante aflitos, desorientados, ansiosos e preocupados sobre o futuro do seu bebê. Não importa o quão explícito e claro seu médico esteja ser, esta é uma hora difícil para vocês absorverem o que têm a lhes diazer, ou mesmo para coordenar as perguntas que tenham á fazer.




Criança com Espinha Bífida!

Os médicos do Centro de Reabilitação D. Renato da Costa Bonfim, da Associação de Assistência á Criança portadora de necessidades especiais de São Paulo, desde há muito tempo vêm se preocupando com o tratamento e reabilitação global de deficientes fisicos. Inúmeras são as doenças
que produzem defeitos e incapacidade física, dentre as quais destacamente paralisia infantil, a paralisia cerebral, as amputações congênitas ou adquiridas e uma a que estamos dando agora uma
atenção todas especial- a mielomeningocele ou espinha bífida manifesta.

Essa doença congênita, provocada por má-formação associdada da coluna vertebral e dos sistema nervoso central (medula), causa na pessoa portadora vários e complexos problemas como: paralisia
e falta de sensíbilidade nos membros inferiores, descontrole da bexiga urinária e intestinos, além de complicações cerebrais como hidrocefália.

Na AACD, um grupo de médicos especialistas, entusiasta e estudiosos do assunto, formam- como
nos países mais desenvolvidos- um grupo para entender em conjunto as crianças portadoras de mielomeningocele. Constitui-se, assim, a nossa '' CLÍNICA DE MIELOMENINGOCELE''. Contamos
ainda com a colaboração inestimável dos nossos serviços de enfermagem, fisioterapia, oficina ortopédica, psicologia e serviço social, sem os quais nós, médicos, não poderíamos realizar nosso trabalho.

A CLÍNICA DE MIELOMENINGOCELE funciona todas as quartas-feiras no Centro de Reabilitação da Associação de Assistência á criança portadora de necessidades especiais. Nesse dia todos os especialistas estão reunidos, examinando e discutindo conjuntamente as diversas condutas a serem
tomadas. Os casos mais complexos são internados para uma avaliação mais profunda. Participam também da Clínica jovens médicos residentes que na prática vão adquirir valiosa experiência para o futuro.

A centralização no atendimento global de paciêntes com problemas tão diferentes mas, todos, complexo e importantes, é de grande alcance socio-econômico, principalmente em nosso meio, evitando que o paciênte e seus pais se locomovam com grande perda de tempo para diferentes ambulatórios e hospitais, recebendo, na maioria das vezes, orientações desencontradas e contraditórias, prestadas por profissionais não especialmente treinados e no atendimento total do paciênte.

Tudo é feito no sentido de prestar uma real ajuda á criança e orientar seus pais naturalmente ansiosos e inseguros quanto ao futuro do seu filho.

A AACD mais umavez é pioneira. Seus médicos e membros da equipe sw Reabilitação sentem-se orgulhosos em contribuir, dentro de conceitos rigorosamente científico, para minorar o sofrimento daqueles menos afortunados da sorte- os deficiêntes fisícos.

São Paulo, outubro de 1980
Dr. Ivan Ferraretto
Diretor Clínico da AACD