sábado, 26 de novembro de 2011

13 de Outubro! Dia do Fisioterapeuta!!!

Hoje vou fazer uma homenagem a todos os fisioterapeutas, inclusive eu no futuro próximo. Vou começar contando como surgiu a Fisioterapia.
Na antiguidade nos anos de 4.000 a.c á 385 d.c já se tinha uma preocupação com as diferenças incomodas (doenças), utilizando o sol, luz, calor, água, eletricidade, exercícios fisicos e massagem tudo isto para tentar eliminar essas diferenças. Em 1979 Shestack disse que na antiguidade já era utilizado a eletroterapia.
No entanto a fisioterapia teve um BUMMM na Segunda Guerra Mundial, com os soldados e as pessoas comum sendo mutiladas, e foi necessário que uma profissão que cuida especialmente da área de reabilitação, para que estes mutilados consigam se reabilitar e voltar um pouco ao que eram antes.
No Brasil a fisioterapia surgiu devido ao um surto de poliomeite em 1954, sendo necessária a reabilitação para as pessoas infectadas. Com isso surgiu a ABBR (Associação Brasileira Beneficente De Reabilitação).
Está é um pouco da história da Fisioterapia, existe muito mais coisas e muito mais descobertas.
Para terminar esta singela homenagem coloco uma Mensagem e uma Oração para todos os fisioterapeutas.

Mensagem:
Ser fisioterapeuta é ter duas mãos e um coração entre elas, é manter expressão serena, mesmo com a alma desesperada, manter a mente quieta mesmo diante do desespero,ter um brilho no olhar mesmo quando não temos esse motivo, é transformar lágrimas em desabafo e ser humana para dar conforto.O coração estremece por muitas vezes cheio de emoções inexplicáveis, mas proporcionando o alívio dentro da alma, levando conforto para o coração e com nossa sabedoria poder proporcionar a reabilitação.Ser fisioterapeuta é acreditar na esperança que dias melhores virão, é vencer o sentimento de onipotência que nós é erroneamente delegado, é reconhecer nossos próprios limites.Mas, acima de qualquer coisa, fazei Deus que nunca perca a capacidade de chorar e jamais esquecer que em minhas minhas mãos junto com sua mão existe o maior milagre"A vida".
Erika Alves Serrão

Oração:
Eu me dedico a Ti, ó Pai,
consagrando minha vida, minhas mãose minha técnica para que Tu mesmo ajasnas dores, nos traumas, no corpo do meu paciente.E dá-me o sentido mais vivode estar cooperando Contigona melhoria da qualidade de vida do mundo que me cerca,daquele que está aos meus cuidados.Fortalece minha fraqueza,e preenche minha necessidade de crescere compreender os outros.Faze peritas minhas mãos; dá-me um toque adequado,um ouvido amigo e um coração amável.Por Jesus, cujo toque afastava a dor,e Cujas mãos, que aliviaram vidas,foram presas na cruz por mim.Amém.

Oração:
“Senhor, eu sou fisioterapeuta.
Um dia, depois de anos de estudos, me entregaram um diploma, dizendo que eu estava oficialmente autorizado a reabilitar.
E eu jurei faze-lo. . .conscientemente.
Não é fácil, Senhor, não é nada fácil viver este juramento na rotina sempre repetida da vida de um fisioterapeuta:
avaliando. . .tratando. . .reavaliando. . .tratando. . .
acompanhando passo a passo a recuperação, às vezes lenta, dos pacientes. Contudo, Senhor, eu quero ser fisioterapeuta. . .
Alguém junto de alguém.
Não mecânico de uma engrenagem, mas gente reabilitando gente.
Que todo aquele que me procura em busca de cura física
encontre em mim algo mais que o profissional. . .
Que eu saiba parar para ouvi-lo. . .sentar junto ao seu leito par animá-lo. . . É muito importante, Senhor: que eu não perca a capacidade de chorar.
Que eu saiba ser fisioterapeuta. . .alguém junto de alguém. . .
Gente reabilitando gente, com a tua ajuda, Senhor.”






Informações retiradas de:
http://www.clinicacrm.com.br/
http://fisio-saude.blogspot.com/2008/08/inicio-da-fisioterapia-no-brasil.html
http://chakalat.sites.uol.com.br/fisiohist.htm
http://www.profala.com/artfisio20.htm

04/10 Dia Mundial dos Animais...


Hoje é o Dia Mundial dos Animais e por este motivo que coloco uma MENSAGEM escrita em 1995 por Sheila Moura. Espero que esta mensagem façam todos refletir sobre os animais em nossa vida.E o quanto eles são importantes.

Hoje é Meu Dia!!!

Sou aquele que te recebe com um afago e lambe tuas feridas, sem mesmo perguntar se és um assassino ou mesmo como te machucaste a este ponto...
Sou aquele que vive nas matas ou na parede de tua casa se preocupando somente em equilibrar os sistemas de vida do qual tu dependes para sobreviver...
Sou aquele que carrega o peso do teu corpo ou mesmo quinquilharias para tu venderes em troca do pão de cada dia...
Sou aquele que se esfrega em tuas pernas saudando tua existência, e espanta ratos, baratas, mau-olhado somente para que tu tenhas melhores condições de saúde...
Sou aquele que rouba um sorriso de teus lábios quando me vês fazer piruetas ou equilibrar o peso do meu corpo em troca do preço de um ingresso que vai para o bolso do meu dono...
Sou aquele que entre grades do Zoológico te faz pensar o quanto vale a liberdade de viver no habitat que nasceste...
Sou aquele que serve de atração turística em praças fazendo tu sentires o prazer de alimentar-me que retribuo com revoadas de alegria...
Sou aquele servido em travessas, panelas e espeto que, ainda pouco escolhestes no balcão do mercado ou no cardápio do restaurante para simplesmente, saciar tua fome...
Sou aquele que amarrado em mesas cirúrgicas, trancafiado em gaiolas ou mesmo contido em aparelhos de tortura se submete a teus experimentos para alcançares a falsa fama e o poder...
Mesmo sendo aquele que te proporciona tanto, tu me desprezas, me tratas com indiferença, me abandonas nas ruas, me deixas com fome e se desfaz de mim porque envelheci... perdes assim a chance de exercitar teu amor.
Tu me caças, me matas dizendo ter medo da minha pele gelada e destróis todas as formas de sobrevivência... assim, vives perdendo a chance de ver as cores da vida, pois sou a vida em movimento vivo.
Tu me açoitas, me impõe peso maior que posso carregar e me suplicias nos rodeios para ganhares algum dinheiro... mal sabes o mau que faz, não fazendo de mim um companheiro de tua solidão.
Tu me expulsas das praças, das ruas, das vielas só porque tenho no olhar um jeito de ser que nunca vais dominar, e que, realmente,não desejas entender... perdes a chance de conhecer-te e respeitar teu semelhante.
Tua ris de minha humilhação por ficar exposto em picadeiros fazendo acreditares que és poderoso e que teu chicote domina minha paciência e minha ferocidade... perdes muito ao não poder ver tua cara de prazer doentio com um certo sorriso de sadismo.
Tu atiras em minha jaula gargalhadas e gritos não só para mostrar tua falsa liberdade, como também, para me provocares a morte com o tédio e a lembrança dos lugares de onde vim... perdes tanto ao não me visitares no mundo em que nasci.
Tu me acusas de te provocar doenças só porque não consegues aceitar minhas asas e a possibilidade de trazer um ramos de oliveira no bico, anunciando uma nova terra... perdes o rumo do teu barco só porque negas que tenho o segredo da vida.
Tu me abates com degola, com marreta, me empurras para morte com choques... perdes a chance de um viver sadio, pois o veneno de minha carne putrefa em teu corpo levando o desequilíbrio de tuas funções.
Tu não se apiedas do meu sofrimento mesmo sabendo ser inútil testares em mim o que é bom p’ra ti, porque, somos tão diferentes... perdes a oportunidade de evoluir a ciência de que necessitas para tua cura.
Mas tu não deves entristecer, pois um dia retornarás ao teu planeta e, como conquistador, levarás até alguns de nós para exibir ao teu povo, só que, enquanto não chega o dia que conhecerás o Deus que tanto tu proclamas, nos deixe em paz, ou então, aprenda em nós o saber viver em harmonia.


Retirada do Site: Fala Bicho

Tratamento Cirúrgico:



No caso de Mielomeningocele a cirurgia torna-se inevitável. É realizada para o fechamento da lesão e normalmente é solicitada até 48 horas após o nascimento, já que acredita-se que isso possa reduzir ao mínimo o risco de infecções e novas lesões medulares, as quais o paciente está suscetível.

Tratamento Fisioterapêutico:

A meta do fisioterapeuta ao se deparar com uma criança com Mielomeningocele ou qualquer outra doença do tubo neural, deve ser promover o desenvolvimento o mais próximo possível do normal, de acordo com suas limitações neurológicas, de forma a atingir o máximo de independência possível. Portanto, os objetivos da fisioterapia podem ser resumidos em: promoção das habilidades físicas que levam a independência, aquisição da mobilidade independente, seja deambulando ou através de cadeira de rodas e prevenção da instalação de deformidades.

Espero que esclareça para muitas pessoas o que é Mielomeningocele, que não é algo fora do comum, que isto pode acontecer com qualquer um, e que essas crianças não são monstruosidades muito menos aberrações e sim crianças normais, com um futuro normal pela frente.

"O amor não tem síndrome de nada, Criança especial é uma graça alcançada. Seja o que quiser, tô pro que der e vier. O meu grande sonho, Myke é te ver de pé. Tenho fé." (Tref)


Informações tiradas de:
http://patologiasemovimentos.blogspot.com/2009/09/mielomeningocele.html

http://www.artesmedicas.com/mielomeningocele.htm
http://fisioterapeutico.blogspot.com/2010/05/mielomeningocele.html
http://www.institutocoluna.com.br/6escolioses.htm
http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/001558.htm
http://www.youtube.com/watch?v=9Z4IyljGxyo&feature=player_embedded#at=21
http://www.efisioterapia.net/articulos/leer.php?id_texto=177
http://comunidadeaacd.ning.com/group/aacdpernambuco?groupUrl=aacdpernambuco&id=2406047%3AGroup%3A129&page=12

Tratamento da Espinha Bifida

Todas as crianças com mielomeningocele, por causa da lesão congênita dos nervos e da medula, apresentam alterações da força muscular em membros inferiores, podendo haver, ainda, algum comprometimento da musculatura do abdomen e da coluna. Em relação ao tratamento, é importante que pais e profissionais saibam que a melhoria da força dos músculos não depende da quantidade ou do tipo de exercícios que a criança realiza mas sim do grau e o nível da lesão da medula e das raízes nervosas. Quanto menor for a alteração do movimento, maior será a probabilidade dos músculos serem fortalecidos. Por outro lado, os músculos sem movimento ou com fraqueza acentuada não podem ter a sua força aumentada.
Independente do tipo de exercícios e actividades em que a criança participa, as principais mudanças na força dos músculos acontecem nos três primeiros anos de vida. É também neste período que a criança mais se desenvolve, e adquire posições motoras como sentar ou gatinhar dependem não somente da maturação do sistema nervoso central, mas também da força dos músculos do tronco e dos membros inferiores. Praticamente em todas as crianças com mielomeningocele essas aquisições ocorrem de forma mais lenta em decorrência, principalmente, da fraqueza muscular e das deformidades de coluna e de membros inferiores. Por exemplo, uma criança com mielomeningocele pode conseguir gatinhar somente aos dois anos de idade, ao invés de gatinhar entre o nono e décimo mês como ocorre normalmente, ou, nem mesmo vir a gatinhar nos casos em que a fraqueza dos músculos for acentuada.
Durante o crescimento e desenvolvimento, os objectivos do tratamento se modificam, e portanto, o programa de tratamento modifica-se em função das necessidades de cada momento:
0 aos 3 anos de idade

O tratamento tem início com explicação aos pais sobre a natureza do problema, em linguagem clara e acessível. A utilização de desenhos e figuras facilita a compreensão das informações que se quer passar.
Neste primeiro momento, além dos cuidados com relação à bexiga neurogênica, a equipe deve dar especial atenção à estimulação do desenvolvimento motor e cognitivo. Os pais são instruídos quanto a exercícios e actividades de estimulação do desenvolvimento para serem realizadas diariamente, sempre que possível através de brincadeiras e no momento em que a criança estiver pronta a colaborar, lembrando que, o desenvolvimento processa-se das aquisições mais simples para as mais complexas. Por exemplo, para a criança conseguir sentar sem apoio é preciso que ela já tenha aprendido a fixar a cabeça e a rolar.
Para evitar deformidades, recomenda-se a mobilização das articulações e para algumas crianças indica-se o uso de órteses. No caso da criança apresentar fraqueza de tronco na posição sentada, indica-se o ortostatismo (posição de pé), com a ajuda de aparelhos objectivando melhorar a força dos músculos do abdomen e das costas. O ortostatismo com auxílio não previne deformidades da coxa-femural e joelhos, não melhora a força dos músculos das pernas e só deve ser recomendado até no máximo quatro anos de idade.
As crianças que só conseguem movimentar-se arrastando-se sentadas beneficiam com a utilização de um carrinho auto-propulsionável evitando assim lesões de pele e facilitando a locomoção dentro de casa e na escola. Este carrinho é indicado para crianças de dois a quatro anos de idade. Após esta faixa etária indica-se a cadeira de rodas infantil. A locomoção é importante para o desenvolvimento da criança, pois possibilita que ela explore o ambiente.

3 a 6 anos de idade
Neste momento os profissionais que acompanham a criança devem definir a capacidade funcional tanto para a locomoção quanto para as actividades de vida diária. Através da avaliação de parâmetros como desenvolvimento psicomotor, força muscular, deformidades, equilíbrio de tronco e capacidade para ficar de pé, o terapeuta começa a ter noção do potencial motor da criança. Algumas crianças vão conseguir andar longas distâncias, e outras, apenas dentro de casa ou na escola.
As crianças com potencial para deambulação podem necessitar de auxílios como muletas, nas fases iniciais do tratamento. As que têm fraqueza muscular acentuada não podem andar e necessitam de cadeira de rodas infantil para facilitar a participação na escola e actividades de lazer. Mesmo dentro de casa é importante que utilizem a cadeira de rodas para prevenirem lesões de pele que acontecem quando elas se arrastam no chão.
Para as crianças que andam, as órtoteses e as cirurgias ortopédicas podem melhorar a marcha. As órtoteses são indicadas para melhorar o posicionamento das articulações evitando deformidades e com o objectivo de que a criança alcance maior independência na marcha. As cirurgias ortopédicas não promovem ganhos do ponto de vista motor nas crianças com fraqueza muscular acentuada.
As actividades orientadas pela terapia funcional visando desenvolvimento e prevenção de deformidades passam a ser substituídas por actividades físicas tais como natação, basquete e dança em cadeira de rodas. Estas actividades favorecem não somente o fortalecimento da musculatura do tronco e de membros superiores, mas também a integração social. Os pais devem estimular a criança a participar das actividades de vida diária como alimentação, vestuário, higiene e transferência (da cadeira de rodas e para a cadeira de rodas) preparando-a para maior independência no período escolar. Quando a criança recebe ajuda excessiva, observa-se dependência mesmo para a realização de tarefas para as quais ela tem capacidade para realizar.

6 a 12 anos de idade
As crianças que não conseguem andar até os seis anos de idade provavelmente não vão adquirir marcha, independente do tratamento fisioterapêutico, uso de órtoteses ou cirurgias ortopédicas. Neste período o enfoque deve ser, principalmente, o treino da independência funcional tanto para as crianças que andam quanto para as que não andam. Aspectos próprios da criança ou do meio ambiente influenciam a independência. Os factores que dificultam a independência relacionados com a criança são a falta de coordenação de membros superiores, déficit de equilíbrio, deformidades da coluna, obesidade e atraso cognitivo porque dificulta a aprendizagem de actividades. Quanto ao meio ambiente, o tamanho e o material da cadeira de rodas e barreiras como degraus, portas estreitas ou terrenos acidentados dificultam o uso da cadeira de rodas. O desempenho na escola é preocupação importante nesta faixa etária e as actividades desportivas devem fazer parte da vida da criança. Visitas escolares possibilitam avaliação de barreiras arquitetónicas e orientações quanto a colocação de rampas de acesso e adaptações em banheiros. Os professores devem ser esclarecidos quanto a patologia e estratégias para lidar com a criança em sala de aula.
Algumas das crianças que andam podem necessitar cirurgias nesta fase, principalmente para os pés, com o objectivo de melhorar o equilíbrio e o desempenho na marcha.

Adolescência à fase adulta

Nesta faixa etária, deve-se dar ênfase à socialização. A participação em desportos e actividades de lazer com amigos deve ser encorajada e facilitada pelos pais e professores. É importante, também, que o adolescente entenda o que é espinha bífida e suas implicações.

Espinha BífidaA Espinha Bífida, uma grave anormalidade congénita do sistema nervoso, desenvolve-se nos dois primeiros meses de gestação e representa um defeito na formação do tubo neural.
Os defeitos do tubo neural (DTN) são uma causa importante de mortalidade infantil. Nos Estados Unidos a incidência é estimada em 1 em cada 1000 recém-nascidos; no entanto ainda não há dados estatísticos sobre a incidência de Espinha Bífida em Portugal

Uma das lesões congénitas mais comuns da medula espinhal é causada pelo fechamento incompleto da coluna vertebral. Quando isso acontece, o tecido nervoso sai através do orifício, formando uma protuberância mole, na qual a medula espinhal fica sem protecção. Isto é denominado espinha bífida posterior e, embora possa ocorrer em qualquer nível da coluna vertebral, é mais comum na região lombosagrada. Quando as raízes dos nervos lombo sagrais estão envolvidos, ocorrem graus variáveis de paralisia abaixo do nível envolvido.

Os segmentos da medula cervical (C1 a C8) controlam os movimentos da região cervical e dos membros superiores; os toráxicos (T1 a T12) controlam a musculatura do tórax, abdomen e parte dos membros superiores; os lombares (L1 a L5) controlam os movimentos dos membros inferiores; e os segmentos sacrais (S1 a S5) controlam parte dos membros inferiores e o funcionamento da bexiga e intestino. Na espinha bífida, estando a medula e as raízes nervosas impropriamente formadas, os nervos envolvidos podem ser incapazes de controlar os músculos determinando paralisias. Define-se como paralisia alta a paralisia resultante de defeito medular começando ao nível dos segmentos torácicos ou lombares altos (L1-L2), paralisia média no segmento médio lombar (L3) e paralisia baixa nos segmentos lombares baixos (L4-L5) ou sacrais.
A criança com mielomeningocele pode apresentar graus variáveis de paralisia e ausência de sensibilidade abaixo do nível da lesão medular mas no entanto com preservação da parte superior do abdómen, tronco e braços. Torna-se importante a assistência precoce em reabilitação para a preservação também das possíveis deformidades ortopédicas: pé torto, deslocamento da coxa-femural, diminuição das amplitudes articulares, deformidades do tronco, entre outras.
A sensibilidade também pode estar prejudicada (sensação de pressão, fricção, dor, calor, frio) por isso é importante ter cuidado com a temperatura da água durante o banho, não utilizar calçados apertados e examinar sempre os membros inferiores, especialmente os pés, em busca de possíveis ferimentos.
A ausência de sensibilidade pode ocasionar lesões de pele, denominadas úlceras de pressão (escaras) que podem ser prevenidas com constantes mudanças de posição corporal e manutenção da higiene da pele, hidratação. Ainda se podem verificar ausência de controlo urinário e fecal.

Pesquisas recentes indicam que a ingestão de ácido fólico (um componente da vitamina B) nas semanas que antecedem a concepção e nas primeiras semanas da gestação reduz de modo significativo a incidência de espinha bífida.

Mielomeningocele!

A Mielomeningocele, mais conhecida como Spina Bífida, é uma malformação congênita da coluna vertebral da criança, dificultando a função primordial de proteção da medula espinhal, que é o "tronco" de ligação entre o cérebro e os nervos periféricos do corpo humano. Quando a medula espinhal nasce exposta, como na Mielomeningocele, muitos dos nervos podem estar traumatizados ou sem função, sendo que o funcionamento dos órgãos inervados pelos mesmos (bexiga, intestinos e músculos) pode estar afetado.

O primeiro passo para o tratamento é o fechamento que é realizado pelo neurocirurgião, visando a proteção e evitando traumas e infecções (meningites). Essa intervenção de um modo geral dá-se nas primeiras horas de vida.

Cerca de 90% dos pacientes com Mielomeningocele poderão apresentar durante a vida algum tipo de problema urológico que pode variar desde infecções urinárias até a perda de função renal e insuficiência renal com necessidade de diálise e transplante renal. Com os avanços em Urologia pediátrica hoje é possível prevenir estas complicações com exames especializados e acompanhamento rigoroso.

É muito importante que crianças vítimas desta patologia sejam acompanhadas por profissionais realmente envolvidos com a mesma. Muitas vezes medidas como manutenção de antibióticos profiláticos por tempo prolongado, orientações de esvaziamento da bexiga, eventualmente com auxílio de sondas em intervalos de tempo regulares podem fazer a diferença. É importante que as famílias entendam bem esses tipos de procedimentos.

Saiba Mais

Como percebemos, a Mielomeningocele, ou Spina Bífida, é um mal de natureza incapacitante dos mais sérios. Leva, de um modo geral, a deficiências múltiplas das mais limitadoras e a vidas de curta duração.

Uma das formas encontradas pela medicina moderna para reduzir drasticamente os problemas ocasionados pelo mal é por meio de uma intervenção cirúrgica pioneira no próprio interior do útero materno, em geral realizada quando o feto tem apenas 21 semanas de gestação.

Numa dessas cirurgias, o fotógrafo hospitalar Michael Clancy documentou o procedimento cirúrgico pioneiro. Nunca imaginouque sua câmara registraria talvez o mais eloqüente apelo a favor da vida, porque captou o momento exato em que o bebê tentou segurar um dos dedos do médico que o estava operando.

A foto, espetacular, foi publicada por vários jornais dos Estados Unidos e a sua repercussão cruzou o mundo até chegar à Irlanda, por exemplo, onde se tornou uma das mais fortes bandeiras contra a legalização do aborto.

A mãozinha que comoveu o mundo pertence a Samuel Alexander, cujo nascimento ocorreu no dia 28 de dezembro de 1992 (no dia da foto ele estava com apenas 4 meses de gestação!). Quando pensamos nesse nascimento, a foto fica ainda mais eloqüente, porque registra a vida do bebê literalmente presa por um fio. Os cirurgiões sabiam que não conseguiriam mantê-lo vivo fora do útero materno e que deveriam tratá-lo lá dentro, corrigindo profilaticamente a parte
baixa de sua coluna vertebral - uma anomalia que acabaria sendo fatal - voltando a fechar o útero, para que o bebê continuasse o seu crescimento normal.

Por tudo isso, a imagem foi considerada como uma das fotografias médicas mais importantes dos últimos tempos e a recordação de uma das cirurgias mais extraordinárias registradas no mundo.

Sites Adicionais
Você poderá encontrar, cadastrados no Google, aproximadamente 10.000 sites a respeito da Mielomeningocele. Poderá iniciar suas leituras pelos seguintes:

www.nupep.org.br/index (do Grupo de Neurologia Pediátrica da Esc.Paulista de Medicina)
www.nlm.nih.gov/medlineplus/spanish/ency/article/001558.htm
www.saudebrasilnet.com.br/revista_saude/saude3/mielo.asp

Médicos e outros profissionais interessados

Pesquise mais pelo Google:
www.google.com.br

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Reflexões!

Labirinto

Meu labirinto é um círculo fechado.*

Imagens, desenhos, marcas...**

Querem que eu veja,
que lembre, que guarde.

E assim desaprendendo a ver,
desaprenda a julgar,
desaprenda a agir,
desaprenda a ser,
para ser o que queiram que eu seja.

E dizem: rápido.

Sem dar motivos ou razões.

E dizem: mais.

Mesmo quando há o suficiente.

E dizem: vença.

Ainda que não haja vitória na guerra.

E dizem que o ideais morreram.

Porque ninguém diz basta.

Mas os ideais nunca morrem.

O que morre é capacidade de ver.

Diferenças entre Mielomeningocele e Meningocele

Diferenças entre Mielomeningocele e Meningocele


INTRODUÇÃO

As doenças que envolvem o tubo neural são responsáveis por um número considerável de pacientes no consultório do fisioterapeuta pediátrico.
O tubo neural normalmente desenvolve-se a partir da placa neural e começa a fundir-se aproximadamente no 27º dia de gestação e fecha-se no 28º dia gestacional, de forma que somente as extremidades do tubo permanecem abertas. O não fechamento adequado deste tubo é responsável pelo aparecimento de defeitos congênitos da linha média denominados de disrafismos. As malformações esperadas podem ser detectadas ainda intra-uterinamente, através da ultra-sonografia e de achados de elevados níveis séricos maternos de alfafetoproteína – AFP (ROWLAND, 1997).
Ainda não estão bem esclarecidos os fatores causais das malformações do tubo neural. Alguns autores acreditam que tanto fatores ambientais quanto genéticos podem estar envolvidos nesse processo. Stokes (2000), afirma que em estudos realizados na Grã-Bretanha, foi constatado que existe uma probabilidade de 1 em 20 após o nascimento de um filho com espinha bífida e que esta probabilidade aumenta se houver uma segunda criança.
Dentre as principais malformações do tubo neural, pode-se citar a anencefalia (ausência do cérebro, com defeitos associados no crânio, meninges e couro cabeludo); iniencefalia (cabeça retrofletida com defeitos da coluna vertebral); craniorraquisquise (necrose do cérebro e da medula secundariamente à exposição ao líquido amniótico); cefalocele (protusão parcial do cérebro por defeito do crânio); meningocele (defeito do crânio ou coluna vertebral associado a protusão meníngea); espinha bífida (espinha bífida oculta: defeito do arco vertebral; espinha bífida cística: herniação da dura-máter e aracnóide por defeito vertebral; mielomeningocele: herniação da medula e meninges). A espinha bífida é aquela que pode ser considerada menos grave, enquanto as outras praticamente não apresentam compatibilidade com a vida.

Espinha Bífida

1. Definição:


Distúrbio do tubo neural (DTN), que gera malformação da medula espinhal ou coluna vertebral, geralmente a nível torácico e lombar, por não fechamento do tubo neural inferior (LONG & CINTAS, 2001).

2. Prevalência:


Rowland (1997), afirma que a prevalência é de 1 em cada 400 nascimentos, sendo que em um terço dos casos, a causa pode estar associada a fatores genéticos, enquanto que em 50%, a causa é desconhecida.

3. Tipos:


> Espinha Bífida Oculta:

É considerada a forma benigna. Caracteriza-se pelo não fechamento do arco vertebral, sem que haja outro defeito associado, ou seja, não há envolvimento da medula espinhal, portanto, não há paresias, plegias ou outros déficits neurológicos. Normalmente está localizada a nível de L5-S1. O aspecto externo pode ser normal, uma vez que a integridade da camada epidérmica sem mantém, ou apresentar-se com tufos de pêlos, depressão, lipoma subcutâneo, nevo hemangiomatoso ou lesão circunscrita na pele. Costuma se manifestar com deterioração neurológica na infância e os déficits neurológicos manifestados podem ser decorrentes de lesões associadas – como a hidrocefalia (ROWLAND, 1997; STOKES, 2000; GREVE et al, 2001).

> Espinha Bífida Aberta ou Cística:

É a forma mais grave. Caracteriza-se pela perda da integridade da camada epidérmica, de forma a deixar em contato com o meio externo estruturas do sistema nervoso, como medula espinhal e meninges. Verifica-se a presença de cisto na região dorsal, que pode romper-se durante o parto, deixando a medula e/ou raízes nervosas que são cobertas pela pia-aracnóide, em contato com o meio ambiente (DIAMENT, 1996). Encontra-se subdividida em:

* Meningocele: Nesse caso, os arcos vertebrais não se fundiram como esperado, e existe herniação das meninges, que forma uma saliência que contém líquido cefalorraquidiano (LCR). O acometimento está restrito a pele, ossos e dura-máter. Este é um fenômeno considerado raro;



* Mielomeningocele: Mais grave e mais comum do que a meningocele, a mielomeningocele acomete pele, ossos, dura-máter, medula espinhal e raízes nervosas, que podem se encontrar externa ao canal vertebral;



* Espondilosquise: Esta forma é citada por Stokes (2000) que afirma ser a mais grave, já que o tecido nervoso (medula espinhal) encontra-se exposto na superfície da lesão, como uma placa achatada.


Mielomeningocele

1. Conceito:


Segundo Lucareli (2002), esta é uma das formas de disrafismo espinhal, ocasionada por uma falha de fusão dos arcos vertebrais posteriores e displasia (crescimento anormal) da medula espinhal e das membranas que a envolvem. As meninges vão formar um saco dorsal, o qual no seu interior contém líquido e tecido nervoso, provocando uma deficiência neurológica (sensitiva e motora) abaixo do nível da lesão, que podem gerar paralisias (principalmente flácidas) e hipoestesias dos membros inferiores.

2. Incidência:


SMITH apud SHEPHERD (1998) afirma que graças à queda na incidência de patologias como a poliomielite e a tuberculose osteoarticular, a mielomeningocele assume hoje o segundo lugar, ficando atrás apenas da paralisia cerebral, como responsável por deficiências crônicas do aparelho locomotor em crianças. A incidência varia em média um indivíduo afetado para cada mil nascimentos, embora possa haver uma variação de uma região para outra. Por exemplo, é muito mais freqüente em países anglo-saxônicos, onde a incidência pode ultrapassar de quatro indivíduos afetados para cada mil nascimentos, em determinadas regiões.

3. Etiologia:


A maioria dos autores considera que a mielomeningocele tem etiologia desconhecida. Porém, estudos mais recentes fazem uma associação entre a patologia e alguns fatores. Dentre eles:

> Fatores Genéticos:


Esta patologia é mais freqüente em indivíduos de raça branca, com menor ocorrência nas raças negra e amarela. Outro fato importante é que casais que já possuem uma criança portadora de mielomeningocele possuem um risco maior de gerarem outra criança portadora dessa patologia;

> Fatores Ambientais:


Indivíduos pertencentes a um mesmo grupo étnico que migraram para outro continente, apresentaram em seus descendentes uma incidência diferente dessa patologia, quando comparados ao local de origem;

> Fatores Nutricionais:


Mulheres que receberam complementação vitamínica com ácido fólico, apresentaram uma incidência muito menor de filhos portadores de mielomeningocele.

4. Anatomia Patológica:


> Medula e Raízes Nervosas:


A medula espinhal pode se encontrar presa na parte inferior do canal vertebral, fazendo com que as raízes nervosas passem horizontalmente pelos buracos de conjugação, ao invés de se dirigirem para baixo. Isto pode causar uma série de deficiências, dentre elas: hiperreflexia, paresias musculares, diminuição de sensibilidade.
Geralmente, as alterações acontecem abaixo do nível do tumor formado pela mielomeningocele.



> Vértebras:


O defeito nas vértebras encontra-se nas lâminas e processos espinhosos, de forma que eles não se fundem na região posterior da vértebra, podendo, inclusive, estar ausentes.



> Pele:


A área da lesão não se encontra revestida por tecido cutâneo normal. No entanto, a área de tumoração é rodeada lateralmente e na base por cútis normal. A superfície pode apresentar ulceração ou tecido granuloso.

> Cérebro:


A maior manifestação a nível de cérebro (mais de 80% dos casos), se dá sob a forma de hidrocefalia, que é resultado de uma estenose do aqueduto de Sylvius ou bloqueio do fluxo cefalorraquidiano entre o quarto ventrículo e o espaço subaracnóideo do cérebro, provocando dilatação dos ventrículos cerebrais, com conseqüente aumento da cabeça.

5. Manifestações Clínicas:


Os sintomas da mielomeningocele dependem da localização e do grau de extrusão da medula espinhal. As alterações neurológicas geralmente manifestam-se através de alterações motoras, sensitivas, tróficas e esfincterianas (CAMBER, 1988).
Levando-se em consideração que a mielomeningocele manifesta-se na grande maioria dos casos a nível da região lombossacra (L5-S1), os sintomas mais relatados na literatura, segundo Shepherd (1998), são:

> Paralisia flácida;
> Diminuição da força muscular;
> Atrofia muscular;
> Diminuição ou abolição dos reflexos tendíneos;
> Diminuição ou abolição da sensibilidade exterioceptiva e proprioceptiva;
> Incontinência dos esfíncteres de reto e bexiga;
> Deformidades de origem paralíticas e congênitas e;
> Hidrocefalia (acomete 100% das crianças com mielomeningocele torácica; 90% das lombotorácicas; 78% das lombares; 60% das lombossacras e 50% das sacrais, segundo Diament, 1996) .

Além desses sinais, podem ainda surgir outras manifestações secundárias a mielomeningocele, como:

> Úlceras de decúbito, já que há perda de sensibilidade, má nutrição da epiderme e o paciente passa muito tempo na mesma posição (acamado ou em cadeira de rodas);
> Alterações vasomotoras graves;
> Osteoporose e com ela, fraturas;
> Atraso do desenvolvimento mental, físico e psíquico, devido a incapacidade da criança de se locomover e explorar seu ambiente e relacionar-se com outras crianças;
> Contraturas dos tecidos moles e;
> Deformidades ósseas, devidas a falta de oposição à ação dos músculos, da gravidade e da postura.

Também podem ser constatadas uma série de outras anomalias congênitas associadas, como:

> Luxações da coxo-femural;
> Pé eqüinovaro;
> Presença de hemivértebras;
> Lábio leporino;
> Fenda palatina;
> Malformações cardíacas e;
> Malformações das vias urinárias.

6. Prognóstico:

O prognóstico da mielomeningocele está ligado ao nível da lesão, isto é, quanto mais alta for a lesão (nível da paralisia), pior será o prognóstico relativo a morbidade e mortalidade. Ele pode tornar-se ainda pior se houver hidrocefalia, deformidades da coluna ou ainda lesões adicionais somadas ao quadro (STOKES, 2000).

7. Diagnóstico:


Pode ser feito ainda intra-uterinamente pela ultra-sonografia ou pelo elevado nível de alfafetoproteína (AFP), que é a proteína circulante no início da vida fetal e encontra-se aumentada quando as membranas e superfícies vasculares sangüíneas fetais estão expostas e o tubo neural aberto.

8. Exames Complementares:


> Radiologia Simples:


Geralmente o raio X da coluna tem como finalidade a avaliação do grau de escolioses e cifoses, além de detectar anomalias ósseas nos corpos das vértebras e lâminas;

> Tomografia Computadorizada (TC):


É muito utilizada para identificar as malformações anatômicas dessa patologia e;

> Ressonância Magnética (RM):


Também se mostra de grande valia para a verificação de anormalidades na coluna vertebral e na medula espinhal, além de orientar o tratamento (ROWLAND, 1997).

9. Tratamento:

Muitos são os problemas decorrentes da mielomeningocele, os quais não podem ser considerados isoladamente. Portanto, faz-se necessário a integração de uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, cirurgiões ortopédicos e neurológicos, fisioterapeuta, psicólogo e assistente social. É importante que os profissionais trabalhem de forma harmoniosa com a criança e seus pais, que são de fundamental importância para o bom andamento do tratamento.

9.1. Tratamento Cirúrgico:


No caso de mielomeningocele a cirurgia torna-se inevitável. É realizada para o fechamento da lesão e normalmente solicitada até 48 horas após o nascimento, já que acredita-se que isso possa reduzir ao mínimo o risco de infecções e novas lesões medulares, as quais o paciente está suscetível. Consiste em técnicas microcirúrgicas que buscam a reconstituição anatômica da medula espinhal e a preservação da maior quantidade possível de tecido nervoso funcionante. Após isso, as costas devem ser cobertas com uma compressa úmida e estéril para que o saco formado pela dura-máter se epitelize (SHEPHERD, 1998 e STOKES, 2000).


É importante que a hidrocefalia, se presente, seja tratada simultaneamente, pois caso contrário, uma vez fechada a lesão, haverá aumento da pressão intracraniana, podendo levar a um extravasamento de LCR e não cicatrização da lesão. Normalmente ela é tratada com a implantação de um shunt ventrículo-peritoneal, cujo objetivo é drenar o LCR do ventrículo lateral para o peritônio, onde será reabsorvido.

9.2. Tratamento Fisioterapêutico:


A meta do fisioterapeuta ao se deparar com uma criança com mielomeningocele ou qualquer outra doença do tubo neural, deve ser promover o desenvolvimento o mais próximo possível do normal, de acordo com suas limitações neurológicas, de forma a atingir o máximo de independência possível. Portanto, os objetivos da fisioterapia podem ser resumidos em: promoção das habilidades físicas que levam a independência, aquisição da mobilidade independente, seja deambulando ou através de cadeira de rodas e prevenção da instalação de deformidades.
A anamnese é de suma importância e deve ser realizada tão logo seja possível. Pormenores da gestação, parto e ocorrência familiar são fundamentais para o conhecimento de intercorrências e outros tipos de malformações associadas (DIAMENT, 1996).
O tratamento deve começar imediatamente e, segundo Stokes (2000), pode ser dividido de acordo com as fases da vida do indivíduo:

> Período Neonatal:


É importante que o fisioterapeuta realize uma avaliação minuciosa no paciente, principalmente de sensibilidade, motricidade, postura em repouso, movimentos ativos, anormalidades, deformidades e reflexos. Com isto, ele será capaz de implementar um programa de atendimento, baseado em movimentos passivos e alongamentos para manter ou melhorar a amplitude de movimento, manter o trofismo e a força muscular.
O desenvolvimento da criança tende a ser prejudicado pelo tempo que ela é obrigada a permanecer no ambiente hospitalar, devido as diversas cirurgias as quais pode precisar ser submetida (mielomeningocele, hidrocefalia, incontinência do aparelho urinário e luxação dos quadris). Logo, seu ambiente e seus movimentos serão limitados e escassos em estímulos, isto é, a criança com mielomeningocele, assim como as demais, precisa dos mesmos estímulos para o desenvolvimento de sua percepção e motricidade, os quais não são encontrados no hospital. Portanto, o fisioterapeuta deve orientar os pais a promoverem esses estímulos, orientar a mãe a carregar (e como fazê-lo) a criança constantemente, pois assim, está estimulando o controle cervical que não será conseguido se a criança permanecer a maior parte do tempo sobre o leito.
Nessa fase, as deformidades mais esperadas são o pé eqüinovaro (PEV) e a luxação congênita do quadril. O PEV da criança com mielomeningocele é tratado da mesma forma que o idiopático, embora precisem de cuidados especiais por causa da ausência de sensibilidade e má nutrição cutânea. Normalmente usa-se enfaixamento com bandagens de óxido de zinco, aplicação de talas corretivas e engessamento em série, o que requer cuidado, já que se trata de paciente com déficit de sensibilidade e má nutrição do tecido cutâneo. A luxação congênita do quadril também responde bem ao tratamento convencional (uso de órteses de abdução).

> Período Pré-Escolar:


Nesse período, uma reavaliação deve ser feita, onde o fisioterapeuta deve pesquisar os grupamentos musculares ativos (ANEXO A), para que tenha noção de quais músculos poderá se utilizar para promover a independência dessa criança e quais os recursos que ela precisará para que isso aconteça.
O fisioterapeuta passa a visitar a criança em casa e a contar com o apoio dos familiares, que devem ser instruídos a realizar mobilização passiva de todas as articulações, a cada troca de fralda, com o objetivo de manter a amplitude e melhorar a circulação. Quando a criança passa a ter movimentos ativos na parte superior do corpo e membros superiores, estes devem ser estimulados. A criança, como todas as outras, deve ser colocada em todas as posições de decúbito dorsal, ventral e sentada, de forma a promover o desenvolvimento normal
As dificuldades de percepção, função deteriorada da mão e indiscriminação de lateralidade, são responsáveis também por dificultar a deambulação, portanto, associado a um terapeuta ocupacional, deve implementar estratégias adequadas para a superação desses déficits.
A posição ortostática também deve ser estimulada, ainda que a marcha não seja atingida, pois diversos são os ganhos advindos desta conduta, como promoção da independência e da mobilidade, diminuição da ocorrência de úlceras de pressão, de obesidade e de contraturas.

> Período Escolar:

Na idade escolar, segundo Stokes (2000), a criança pode ter preferência por usar a cadeira de rodas, para facilitar seu deslocamento. Sendo assim, cabe ao fisioterapeuta ensinar à criança as habilidades necessárias para a independência. Para tanto, ela vai precisar de membros superiores fortes, o que pode ser conseguido por exercícios de fortalecimento em decúbito ventral ou na posição sentada, juntamente com um programa esportivo, que pode ser natação e basquetebol em cadeira de rodas. Isso também é importante no tocante a transferência da cadeira para a cama ou para o vaso sanitário, embora precise se orientado a ter cuidado com a pele anestesiada. A postura deve ser avaliada constantemente, já que o paciente em fase de crescimento tende a desenvolver deformidades na coluna, especialmente cifoses e escolioses.
Crianças que optam por usar bengalas ou muletas também precisam de atenção especial. Precisam ser treinadas, de preferência sobre colchões, como devem se apoiar ao caírem eventualmente.
Outro problema que acomete o paciente com mielomeningocele e pode ser um tormento na idade escolar é a incontinência do reto e da bexiga, principalmente nos pacientes com lesões lombossacras. Esses pacientes apresentam incontinência paradoxal ou por transbordamento, isto é, sua bexiga nunca se esvazia completamente: a urina começa a gotejar quando está cheia e a criança não manifesta sensação. O paciente maior pode ser treinado, através da compressão manual (compressão para baixo e para trás no baixo ventre), com o objetivo de favorecer a drenagem vesical O treinamento da evacuação também é bem sucedido, bastando um treinamento para que a criança seja capaz de evacuar a intervalos regulares.

> Adolescência:


Durante esta fase, voltam a tona os problemas com a coluna vertebral, podendo ser necessário o uso de órteses.

> Fase Adulta:


Na fase adulta o fisioterapeuta torna-se apenas um supervisor, pois acredita-se que o paciente já seja capaz de cuidar de si próprio.
Os maiores problemas podem ser as úlceras de pressão e a obesidade, que podem ser controladas com orientações.

10. Órteses:


São elas que vão dar ao paciente a segurança necessária para que ele ganhe confiança e independência para que seja capaz de se locomover sozinho. Além disso, muitas são utilizadas para a prevenção de deformidades.
Stokes (2000), em seu quadro resumo, mostra quais são as órteses mais indicadas de acordo com o nível da lesão:

Nível da ParalisiaEquipamento Necessário
Acima de L1
Órtese toracolombar da coluna (OTLCV)
Órtese de joelho-tornozelo-pé (OJTP)
Órtese guia do quadril (OGQ)
Acima de L2
OTLCV
OJTP
Órtese lombossacra (OLS)
Abaixo de L3-L4
OLS
OJTP
Abaixo de L5
OJTP
Abaixo de S1
Órtese tornozelo-pé (OJP)

CONCLUSÃO

A mielomeningocele é a disrafia de maior implicação clínica, já que diferentemente das demais, as crianças afetadas por ela usualmente sobrevivem por longos meses ou anos, podendo atingir a idade adulta, isto graças aos avanços em antibioticoterapia, neurocirurgia e no controle dos problemas ortopédicos, urológicos e digestivos, que aliados ao aperfeiçoamento de centros de recuperação e reabilitação, proporcionaram significativo aumento na sobrevida das crianças com mielomeningocele.
Portanto, é muito importante que a equipe multidisciplinar incumbida de dar assistência a esses pacientes, disponha-se a tornar a vida deles o mais agradável possível, amenizando os danos aos quais estão suscetíveis.

Partindo do princípio de que se tenha um conhecimento amplo a respeito da fisiopatologia da doença, bem como as manifestações advindas com ela.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Bexiga Neurogenica!

Botox pode ajudar a tratar incontinência urinária


Rio - Já aprovado nos Estados Unidos para tratar enxaquecas crônicas, problemas musculares, sudorese axilar e uma série de outras condições, o botox também combate a incontinência urinária.

Na quarta-feira, a Food and Drug Administration (FDA), orgão americano responsável por fazer o controle de alimentos, medicamentos e cosméticos, aprovou a toxina botulínica para tratar a incontinência em pacientes com doenças neurológicas, como lesão medular e esclerose múltipla. É a sétima vez que o botox foi aprovado para o tratamento, desde que a droga chegou pela primeira vez ao mercado como um redutor de rugas, no ano de 2002.

Em alguns pacientes com problemas neurológicos ou de hiperatividade da bexiga há uma inabilidade para armazenar urina. Através da injeção de botox, aplicada diretamente na bexiga, pacientes conseguem um controle maior dos músculos e, consequentemente, menos incontinência.

Em dois ensaios clínicos envolvendo 691 pacientes com incontinência urinária devido a lesão medular ou esclerose múltipla, aqueles que receberam botox tiveram uma redução significativa nos episódios de incontinência, comparados com um grupo medicado com placebo, segundo a FDA. Os efeitos adversos mais comuns foram infecção do trato urinário e retenção urinária.

Dado que a incontinência é tão difícil de ser resolvida - normalmente envolvendo drogas para relaxar a bexiga e a utilização de um cateter para esvaziá-lo - o botox pode dar a alguns pacientes outra opção. Uma injecção pode ajudar a incontinência por até 10 meses, segundo a FDA.

As vendas de botox atingiram cerca de 1,5 bilhões dólares em todo o mundo em 2010, para fins cosméticos e terapêuticos.

Meu face