quarta-feira, 1 de junho de 2011

Denúncia, descaso: Um triste desabafo!

Oi, vou contar uma triste história da minha vida.




Sou defíciência multipla(mielomenigocele).




Eu nasci com vários orgão comprometidos. Ano passado




internei 3 vezes quase morri. Eu tenho 28 anos e meu pulmão ''tem'' 8 anos.




Sou cadeirante, nunca caminhei, já fiz mais de 20 cirurgias.




Minha vida e da minha mãe se resume entre casa e hospitais.




Sou um desafio para a medicina. Aos 11 anos perdi meu pai, minha mãe ficou




sozinha com 3 filhas. No natal passado minha mãe anunciou: vamos




melhorar nossa qualidade de vida, ela famosa pe '' temos que ser felizes nem que seja na porrada''.




Registro que não viamos o mar á 12 anos. Estamos em um lugar maravilho, acordamos




ao som de pássaros, ouvindo o som do mar...




Tudo ocorre muito bem, exceto pela ''saga com o banco Itaú''. Nesta praia não existe




Itaú 24 horas, tampouco agência. Somente em outro município: Capão da Canoa RS.




Iniciaram-se vários telefones via celular entre nós e o Itaú Sac, ouvidoria, e junto á minha agência em Poa 8520.




O meu gerente, que nunca meu viu, chama-se Jeferson (esclareço recebo meu




benefício neste banco). Ofendeu á mim e minha mãe, ela explicou á ele que nós estavamos morando na casa de verâneio, não temos carro, nenhum vizinho, nenhum conhecido,'' minhas irmãs estão em Poa cursando faculdades''.


O que queríamos? Fazer valer o estatudo de pessoas portadoras de necessidades especiais redigido pelo senador Paulo Paim em vigor desde 2003.




Se no caso, eu titular da conta doente, eu solicitei a visita da gerente da agência Itaú Capão da




Canoa. Ele riu, e disse: eu não conheço este estatuto, não sei se o que a senhora fala é verdade,




quem eles pensam que são?




Minha mãe, chorando disse que ele procurasse na internet:'' senador Paulo Paim'' baixa na




íntegra todo o estatuto.




Ele gritou: Eu tenho mais o que fazer não as conheço...




Mandou minha mãe procurar um cartório para que eu passasse uma procuração á ela




dando-lhe pelos poderes, ou seja, ''tirou qualquer responsabilidade do banco e devolveu para




minha mãe''. Você que tem seu bebê de + ou - 8 mesês, deixaria seu filho doente em casa,




sozinho e iria até outro municipio para efetuar saques e extratos? Com certeza não deixaria, pois




é abandono de incapaz. Eu legalmente sou como um bebê. Sofremos durante 2 mesês,




humilhações. Quando por exemplo no supermercado o cartão visa débito: não autorizado,




deixamos comida, remédios, saimos chorando, afinal somos desconhecidos em Xangri-la.




Trocas de telefonemas banco Itaú x minha mãe, banco Itaú disse: a senhora pode interdita-la




também, minha mãe disse que essa decisão era de foro íntimo. Outra coisa que minha ouviu do




banco: a senhora peça para um vizinho efetuar o saque- voce entregaria seu cartão e sua senha?




Banco Itaú: a senhora não tem carro? Não, confesso que sou pobre, é difícil ter econômias ou




poupança, e como quase morri ano passado minha mãe teve que largar uma carreira sólida.




Outra coisa coisa que minha ouviu peça para um vizinho ''dar uma olhadinha na sua filha'' minha




mãe explicou que não temos vizinhos e não cachorro, para dar uma olhadinha necessito que a




pessoa que fica ao meu lado na ausência dela me cuide, pois faço sondagem de alívio e tenta-




mos contratar uma ajudante, mas confesso que ''assusto'' , frente á minha saúde frágil e




procedimentos familiares á uma efermeira. Vc mãe, com seu bebê de 8 meses tem a opção da




creche, escolinha etc...nós não temos, teríamos que contratar uma infer. ou ir para uma clínica.




Este desabafo, é um protesto,denúncia e um apelo, leia , se julgar que fomos




injustiçadas passe adiante, por favor nos ajude: vamos fazer a ''corrente da justiça da Ana Rita''




vejam os vídeos nos anexos e no yutube na íntegra...eu tenho direitos e deveres como qualquer




cidadão. Não quero pena, apenas utilizar esta rede social para registrar mais um caso de descaso,




desrespeito, injustiça onde o pobre não tem voz. Se fosse o Sr, Hebert Viana ele teria o mesmo tratamento? Como já disse venho á público, expor mais uma falha neste Brasil onde o que importa é o dinheiro. A vida se encarregou de me limitar, todas as orientações do banco, atendeu em benefício do próprio banco, que aceita receber o meu benefício, mas não orienta seus funcionários, 1 sobre o estatuto 2 quando fomos ao banco com o carro da secretária da saúde de Xangri-lá RS, encontramos a porta de entrada para cadeirante fechada(alguém usa?).Fiquei na


chuva enrolada em um cobertor +ou- 3 minutos. No dia anterior precisei da remoção da ambulância fui antendida no posto 24hs diagnóstico pielonefrite, 3 ao procurar o caixa com adesivo mas não consegui sacar meu dinheiro, pois todos os caixas eram da mesma altura. O banco Itaú, além de não cumprir a lei, agora nos ameaça. O banco segue o dinheiro e não a lei.


Resumo: O cadeirante no Brasil, sofre de preconceito, descaso, esquecimento... peço nos ajudem, pois juntos somos mais fortes. Se eu passar uma procuração para minha mãe quem vai entrar no banco não será um cadeirante, o que facilita para o banco, pois assim ele não precisa fazer as adaptações. Entendam que considero esse processo uma opção. A minha não utilização do estatuto que por fim, fica guardado em uma gaveta. Nesta situação: Onde estão os cadeirantes no brasil? Em hospitais, clínicas ou em casa?Temos direitos á lazer, mas ex. em shows não tem áreas para nós, tampouco em restaurantes,teatro...Empresário vc que esta montando seu estabelecimento com algumas adaptações, terá o cadeirante e toda sua família. Todos saem ganhando. Talvez isso seja um sonho meu, e de minha família. Um sonho onde os cadeirante e as demais pessoas convivam em harmônia. Não quero sua pena, mas o seu interesse e intendimento. Fica aqui mais um triste exemplo de injustiça afinal vivemos mesma numa democracia? Passe adiante essa corrente se concordares comigo!